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HOMESCHOOLING (Ensino Domiciliar)


  Olá amigos e seguidores do Blog EDUCAR É VIVER, um amigo e seguidor  Josué deixou a simples pergunta aqui no blog "Oi Viviane, td bem? O que vc acha do homeschooling?"
  Bem,antes de responder, postarei sobre o assunto e em seguida darei minha opinião.



Foi apenas uma questão de tempo para que Hollywood "descobrisse" o homeschooling. (Nome dado à prática de se educar os filhos dentro da própria casa, ao invés de confiá-los às escolas públicas e/ou privadas. Dentre os motivos para tal, os mais freqüentes são o baixo nível técnico das escolas, as questões religiosas e as divergências ideológicas de todas as sortes).
Na véspera da estréia do seriado cômico The O'Keefes, em 2003, os seguintes chamados comerciais foram veiculadas pela Warner Brothers:
"Harry e Ellie O'Keefe são pais amorosos, porém excêntricos, que optaram por escolarizar seus três filhos em casa com o intuito de protegê-los de um mundo vulgar e libidinoso." (Tradução: os pais são uns derrotados.)
"Apesar do banimento de toda a cultura pop, os adolescentes Danny e Lauren e o irmão caçula Mark estão ficando cada vez mais curiosos para descobrir o que existe além das paredes de sua sala de estudos/jantar." (Tradução: as crianças são mantidas em prisão domiciliar.)
"Elas falam seis idiomas, mas são impossibilitadas de conversar com garotos da sua idade. A solução para isso jaz no pior pesadelo de seus pais: a escola pública." (Tradução: crianças que não freqüentam as escolas do governo se tornam desajustadas.)
É enfurecedor, ainda que nada surpreendente, que os adeptos do homeschooling (os homeschoolers) - o maior dos grupos pertencentes ao movimento da escolha escolar - ainda sejam alvo de escárnio. A NEA (National Education Association, uma espécie de sindicato dos professores de escolas públicas), por exemplo, aprova regularmente resoluções anti-homeschooling em suas convenções anuais. As resoluções sempre terminam concluindo que o homeschooling "não é capaz de proporcionar ao aluno uma experiência educacional abrangente." Agora parece ser a vez de Hollywood lançar ataques contra aproximadamente 1,5 milhão de crianças americanas que são educadas em casa.
Mesmo em uma nação que aplaude a inovação e a liberdade, o homeschooling continua levantando muitas dúvidas incômodas, porém importantes, sobre a questão da regulação governamental das opções privadas. Abaixo estão as sete perguntas mais freqüentes sobre o ensino domiciliar. Espero que as respostas expliquem os benefícios desse esforço educacional e acabem com as impressões equivocadas que tipicamente se apresentam contra o homeschooling.
Por que optar pelo homeschooling?
O homeschooling, como foi dito, é simplesmente o ato de educar crianças em idade escolar nas suas próprias casas ao invés de em alguma escola. Por que as pessoas escolhem essa opção? Em 1996, o Departamento de Educação da Flórida enviou um formulário de pesquisa para 2.245 homeschoolers, sendo que 31 por cento dessas pessoas deram retorno. Desse grupo, 42 por cento disseram que a insatisfação com o ambiente predominante nas escolas públicas (insegurança, drogas e pressão adversa do ambiente) foi a razão que os fez elaborar um programa próprio de educação domiciliar.
Minha tese de doutorado, focalizada no homeschooling e na mídia, analisou mais de 300 artigos de jornais e revistas. Neles, descobri que as quatro principais razões para se evitar o ensino escolar convencional foram a insatisfação com as escolas públicas, o desejo de se transmitir livremente valores religiosos, a superioridade acadêmica do ensino doméstico e a necessidade de se construir laços familiares mais robustos.
Que tipo de família escolhe o homeschooling?
A Associated Press divulgou as constatações de um relatório do Ministério da Educação dos EUA, de 2001, sobre o homeschooler "típico". A reportagem da AP observou que "A probabilidade de eles morarem com dois ou mais irmãos e junto aos pais, sendo que um dos progenitores trabalha fora, é maior do que para outros alunos. Os pais dos homeschoolers são, em geral, mais instruídos do que outros pais - uma grande porcentagem é diplomada -, conquanto suas rendas sejam praticamente as mesmas. Como boa parte dos outros pais, a vasta maioria daqueles que educam seus filhos em casa ganham menos de $50.000 por ano, e muitos ganham menos de $25.000".
Dada a propensão americana para associações, já existem grupos nacionais de homeschooling para os deficientes físicos, para os religiosos e para aqueles de mentalidade mais atlética. Johnson Obamehinti, por exemplo, fundou a Minority Homeschoolers of Texas. Sua organização promove o ensino domiciliar entre as minorias étnicas, como os afro-americanos, os asiáticos, os hispânicos, os judeus, os indígenas, e os anglos que adotaram crianças pertencentes a uma dessas minorias.
O homeschooling também vem atraindo "celebridades" para suas fileiras, como o jogador da NFL, Jason Taylor, e a sensação da música country, LeAnn Rimes.
Existem diferentes métodos de homeschooling?
As famílias podem optar por comprar um currículo já montado por empresas que têm especificamente os homeschoolers como alvo. Dentre essas empresas estão a A Beka Home School e a Saxon Publishers. Outras podem optar por matricular seus filhos em instituições que também oferecem educação a distância, como a Calvert School de Maryland, a Christian Liberty Academy Satellite Schools de Illinois, ou a Clonlara School de Michigan. Já as escolas voltadas para a educação on-line, como a K-12 Inc., oferecem currículos na internet para os homeschoolers.
À medida que as famílias vão ganhando confiança em suas habilidades de homeschooling, elas passam a optar por uma abordagem menos estruturada. Algumas procuram tutores que ensinam habilidades específicas, como uma língua estrangeira, um instrumento musical, ou uma aula de ciências do ensino médio. As crianças também participam de excursões e de cooperativas de aprendizado com outras crianças também adeptas do homeschooling, ou até mesmo fazem algumas matérias em escolas ou colégios locais.
Como as crianças educadas em casa interagem com outras pessoas?
Essa pergunta se deve a uma caricatura grosseira feita por aqueles que imaginam que o homeschooling faz com que as crianças fiquem isoladas e hibernadas em uma casa. A definição do que vem a ser socialização é um exercício arbitrário. O ônus, entretanto, ainda parece recair sobre os pais adeptos do homeschooling. São eles quem tem de se defender. Com esse intuito, um estudo desmontou o mito de que os homeschoolers são misantropos.
Em 1992, Larry Shyers, da Universidade da Flórida, defendeu uma tese de doutorado na qual ele desafiava a noção de que as crianças que ficam em casa apresentam um desenvolvimento social mais atrasado. Em seu estudo, crianças de 8 a 10 anos eram filmadas brincando. O comportamento de cada uma delas foi observado por orientadores psicológicos que não sabiam quais eram as crianças que freqüentavam escolas convencionais e quais eram as que estavam sob homeschooling. O estudo não encontrou qualquer diferença significativa entre os dois grupos em termos de assertividade, que foi medida por exames que avaliavam a evolução social de cada criança. Mas as filmagens mostraram que as crianças educadas em casa por seus pais apresentavam menos problemas comportamentais.
Tipicamente, os homeschoolers participam de várias atividades externas - jogos desportivos (existem inúmeros times de homeschoolers), programas de escotismo, igrejas, serviços comunitários ou empregos de meio expediente. Richard G. Medlin, da Universidade Stetson, observa que os homeschoolers recorrem expressivamente a grupos de apoio como meio de manter contato com famílias de idéias afins.
O homeschooling é legítimo?
National Homeschool Association observou que "o homeschooling é legalmente permitido em todos os 50 estados dos EUA, mas as leis e regulamentações são muito mais favoráveis em alguns estados do que em outros." Porexemplo, o estado de Oklahoma é considerado mais amistoso em relação ao homeschooling, pois os pais não são obrigados a contactar as autoridades do estado antes de começarem a educar seus filhos em casa. No estado de Massachusetts, entretanto, a regulamentação é ferrenha (aprovação de currículo, avaliação de trabalhos dos alunos, etc.).[*] Os veteranos mais experientes recomendam que os pais se familiarizem com as leis do seu estado antes de iniciar seu homeschooling.
O clima jurídico favorável não quer dizer que desavenças não ocorram. Dean Tong, autor do livro Elusive Innocence: Survival Guide for the Falsely Accused (2002), diz que um pequeno número de homeschoolers já teve de lutar contra acusações falsas de abuso infantil.
"Baseando-se em consultas telefônicas que tive com (esses) homeschoolers, a maioria deles foi acusada, por tribunais de dependência juvenil, de negligência, falta de proteção, abuso emocional e psicológico, e até de provocar inanição", diz Tong. No que tange aos homeschoolers, ele diz que essas acusações infundadas são geralmente feitas por vizinhos intrometidos que acreditam que crianças devem receber uma educação mais formal, feita em sala de aula.
Como a educação de uma criança adepta do homeschool se compara em relação àquela convencionalmente recebida pelas outras crianças?
Uma medida é ver o quão bem elas se saem nos testes padronizados, como o SAT (Stanford Achievement Test) ou oIowa Test of Basic Skills. O National Home Education Research Institute observa que "repetidamente, por todo o país, os alunos educados em casa pontuam tão bem quanto ou até melhor do que aqueles oriundos de escolas convencionais".
A NMSC (National Merit Scholarship Corporation) selecionou mais de 70 alunos em idade de ensino médio, mas que foram educados em casa, como semifinalistas em sua competição de 1998. Em 1999, esse número passou para 137 e em 2000, para 150.
Rebecca Sealfon, uma homeschooler de 13 anos de idade, residente no Brooklyn, em Nova York, venceu a competição nacional de ortografia (a Scripps Howard National Spelling Bee) de 1997. David Beihl, também de 13 anos, da cidadezinha de Saluda (3.000 habitantes), Carolina do Sul, venceu a competição nacional de geografia (aNational Geographic Bee) de 1999. George Thampy, um homeschooler de 12 anos de idade, de Maryland Heights, Missouri, venceu a competição nacional de ortografia de 2000. Calvin McCarter, um homeschooler de 10 anos de idade, residente nos arredores de Grand Rapids, Michigan, venceu a competição nacional de geografia de 2002, tornando-se o mais jovem vencedor do prêmio.
Vários homeschoolers graduaram-se em instituições tão prestigiosas quanto a Escola de Direito de Yale, a Academia Naval do EUA e a Mount Holyoke College. Barnaby Marsh, educado em casa nas paisagens ermas do Alasca, acabou graduando-se na Universidade de Cornell e se tornou um dos 32 alunos selecionados para uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford, em 1996.
Que tipo de jovens adultos o homeschooling produz?
J. Gary Knowles, da Universidade de Michigan, estudou 53 adultos com o intuito de observar os efeitos de longo prazo de uma educação domiciliar. Em 1991, ele apresentou uma monografia com seus veredictos no encontro anual da American Educational Research Associationem Chicago. Segundo Knowles: "Não encontrei qualquer evidência que mostre que esses adultos possuíam qualquer tipo de desprovimento. . . . Dois terços deles eram casados, a norma para os adultos da sua idade, e nenhum deles estava desempregado ou recebendo qualquer tipo de assistência governamental. E mais de três quartos deles sentiam que ter sido educado em casa na realidade tinha-os ajudado a interagir com pessoas de diferentes níveis da sociedade."
O pequeno empresário Tim Martin, de 29 anos, e sua esposa, Amy, de 28, moram na cidade de Whitehall, Montana, com seus quatro filhos. Ambos os Martins têm um passado de educação domiciliar e hoje também estão educando seus rebentos em casa. "A educação simplesmente funciona melhor quando fica entre dois indivíduos lidando diretamente", diz Tim. "Por que as pessoas acham que a maneira 'certa' de se educar é colocar 20 ou 30 crianças em uma sala de aula com um professor? Esse modelo é mais apropriado para linhas de produção do que para a educação."
E é verdade. Ao utilizar sabiamente suas liberdades, pais adeptos do homeschooling nos EUA já graduaram vários alunos cultos e bem preparados, sob um ambiente de interferência governamental mínima e a uma fração do custo de qualquer programa estatal. Agora uma segunda geração está pronta para seguir esses passos. É o tipo de história digna de um documentário atencioso, e não de um tolo seriado cômico.
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[*] No Brasil, o homeschooling ainda é algo praticamente fictício, pois a legislação brasileira não permite a educação domiciliar. Porém, há uma tênue esperança para os amantes da liberdade: uma corajosa família de Timóteo, MG, decidiu que ela, e não o estado, é que sabe o que é melhor para a educação de seus dois filhos de 14 e 15 anos. Nada mais de obrigar as crianças a ir à escola regularmente para ouvir o que o estado tem a lhes dizer. Basta!
E assim, há dois anos e meio os pais dessa família tiraram os filhos da escola e passaram a educá-los em casa.
Porém, temeroso de perder o monopólio da doutrinação, o estado vem perseguindo implacavelmente essa família, fazendo de tudo para puni-la pelo hediondo crime de ter optado por não submeter seus dois filhos ao lixo ideológico e às inutilidades de toda sorte que são ensinados na educação básica (pra não dizer no ensino médio e superior).
Dispostos a tudo para impedir o sucesso do individualismo e do mérito próprio, os burocratas processaram criminalmente a família - cujos pais podem ir pra cadeia - e ameaçam tomar a guarda dos filhos. Além disso, a Justiça decidiu que os dois meninos deveriam fazer provas de conhecimentos gerais para verificar se houve "abandono intelectual" - isto é, para verificar se eles deixaram de aprender as coisas que o estado quer que elas aprendam.
Incansáveis, os pais corajosamente seguiram em frente, e aceitaram o desafio de submeter seus filhos a essas provas, as quais, é óbvio, foram elaboradas de maneira peculiarmente maliciosa pelos burocratas da Secretaria Municipal de Educação de Timóteo e da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.
A raiva estatal era tão fragorosa que os burocratas chegaram ao cúmulo de inventar questões que exigiam conhecimento sobre teatro japonês e teoria das cores e pinturas, além de questões dissertativas sobre obras de arte de Pablo Picasso, Leonardo da Vinci e Claude Monet. Não satisfeitos, os burocratas também inventaram questões de educação física, as quais incluíam conhecimentos sobre a história do handball, basquete, futebol, atletismo e outros "esportes de alto rendimento". Por acaso tal currículo é cobrado em algum vestibular?
E, falando em vestibular, vale registrar que esses dois meninos foram aprovados no vestibular de Direito de uma universidade local, mostrando que o ensino domiciliar, se feito por uma família dedicada, já é capaz de colocar crianças em idade de sétima série dentro das universidades brasileiras.
Eis um link para as matérias publicadas a respeito: 


Isabel Lyman Ph.D., é a autora do livro The Homeschooling Revolution, sobre o moderno movimento de educação domiciliar. Seus artigos já foram publicados em jornais e revistas como Miami Herald, Wall Street Journal, Dallas Morning News, Pittsburgh Tribune-Review, Investor's Business Daily, Boston Herald, Los Angeles Daily Journal, National Review, Chronicles, Daily Oklahoman, e outras publicações. Visite seu website.

Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque


 Buscando informações pela internet, achei um site muito interessante, vale apena conferir!

 http://ensinodomestico.ning.com/

Blog: http://aprendersemescola.blogspot.com.br/p/ensino-domestico.html


O ensino domiciliar deve ser legalizado no Brasil?

No início do ano, um casal do interior paulista foi denunciado por educar as filhas em casa - prática comum nos EUA. No Brasil, o ensino domiciliar é proibido, mas estima-se que mais de 100 jovens tenham aulas caseiras, em vez de ir pra escola. E aí, será que vale liberar pais e mães para serem professores?


SIM De acordo com o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos têm direito à instrução. O texto ainda explica que os pais têm direito de escolher a educação que querem dar aos filhos. A Constituição Federal brasileira afirma que garantir educação à criança é dever não apenas do Estado mas também da sociedade e da família 

A educação brasileira não é boa e ensinar os filhos em casa pode ser garantiria bom aprendizado. Em 2009, o Brasil obteve notas abaixo da média nos critérios avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Esse indicador de qualidade educacional mede os conhecimentos de leitura, ciências e matemática de estudantes do ensino básico em vários países 

A socialização rola fora da escola. O convívio com outras crianças ocorre em visitas a amigos e em passeios coletivos organizados pelos pais-professores. "Irmãos que têm aulas juntos precisam aceitar as diferenças de cada um", afirma Luiz Carlos Faria da Silva, pedagogo da Universidade Estadual de Maringá (UEM) 

O ensino domiciliar já foi adotado por países desenvolvidos, como Austrália, Nova Zelândia e EUA. Nesse último, envolve mais de 2 milhões de crianças, segundo dados de 2010 do National Home Education Research Institute (Nheri). Além disso, pais e filhos, juntos, devem ter o a opção de escolher o que for melhor para a família 

NÃO 
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do Estado garantir educação de qualidade e obrigação dos pais matricular os filhos nas instituições de ensino. A Lei de Diretrizes e Bases, que regulariza o sistema de educação no Brasil, diz que as crianças devem ser matriculadas, a partir dos 6 anos, no 1º ano do ensino fundamental 

Aprender equações e decorar a tabela periódica não são os únicos motivos para frequentar instituições de ensino. Uma das principais funções da escola é fazer o jovem entender que o convívio familiar não é o único que existe. Relacionando-se com pessoas que pensam e agem de modo diferente, o estudante aprende a viver em sociedade 

O ensino doméstico inibe trabalhos em grupo ou apresentações de seminários para os colegas. "Para conseguir qualquer emprego, é importante que a pessoa trabalhe em equipe, se comunique bem e saiba conviver em grupo. Como aprender tudo isso estudando em casa?", questiona Tânia Fontolan, pedagoga do cursinho Anglo de São Paulo 

A escola é um local de aprendizado para toda a vida. Um estudo recente da National Home Education Research Institute (Nheri), nos EUA, revela que a maioria dos superintendentes de escolas públicas considera alunos ensinados em casa emocionalmente instáveis, hipercríticos das pessoas ao seu redor e com pouco desenvolvimento social 

FONTES: Luiz Carlos Faria da Silva, do departamento de fundamentos de educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Tânia Fontolan, coordenadora da assessoria pedagógica do Sistema Anglo de Ensino; Homeschool Population Report 2010 

“Não preciso da escola para educar meus filhos”

A decisão polêmica de pais que tiraram os filhos do ensino oficial para educá-los em casa, assumindo a responsabilidade pelo aprendizado e comprando briga com a Justiça e os pedagogos.
Iracy Paulina em 06.03.2012


Movimento organizado
Para defender o direito de ensinar os filhos em casa, os pais já estão até se agrupando em associações. Uma delas, a Aliança Nacional para Proteção à Liberdade de Instruir e Aprender (Anplia), criada por Cleber Nunes, já reúne, segundo ele, cerca de 400 famílias. “Não queremos discutir o mérito da escola, se ela cumpre ou não o seu papel. Simplesmente não estamos dispostos a negociar com o Estado o direito que temos de escolher a forma de educar nossos filhos”, explica ele. Em 2010, outro grupo de pais mineiros fundou a Associação Nacional da Educação Domiciliar (Aned). “Há décadas algumas famílias já educam os filhos seguindo esse modelo, inspiradas na experiência de homeschooling americana. Mas apenas de dois anos para cá o tema começou a ser debatido no Brasil”, afirma o advogado Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned. A associação luta para regulamentar a educação domiciliar por meio de um projeto de emenda constitucional, o PEC 444/09, em tramitação no Congresso Nacional. Também oferece apoio pedagógico às famílias que resolvem investir nessa modalidade de ensino.
“Lá eles não aprendem”
São várias as razões apresentadas pelos pais para seguir por essa trilha tão polêmica. Professor de filosofia e história da educação da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, Luiz Carlos Faria da Silva e a mulher, a pedagoga Dayane Dalquana da Silva, alfabetizaram os filhos Lucas, 13 anos, e Julia, 12, em casa. Quando as crianças completaram 7 anos, foram matriculadas na escola. “Logo percebemos que as práticas pedagógicas das instituições eram ineficazes. Por exemplo, os professores não ensinavam matemática do modo como as evidências científicas mostram que é mais eficaz, do simples para o complexo”, afirma Luiz. Então, o casal voltou a educar os filhos em casa. Também foram denunciados à Justiça por isso, mas fizeram um acordo com o juiz. Uma vez por ano, os filhos fazem provas preparadas pelo núcleo regional de ensino do município para comprovar que estão avançando no aprendizado mesmo fora da escola.
Hora certa e prova
Como diretor pedagógico da Aned, Fabio Schebella acompanha muitos pais que educam em domicílio. Segundo ele, não há um modelo único. Algumas famílias usam currículo estrangeiro específico para ensino domiciliar; outras elegem material nacional desenvolvido para escolas ou outras instituições ou ainda montam um currículo próprio com base em pesquisas na internet e materiais diversos. “Feita essa escolha, a contratação de professores é algo muito raro. A maioria dos pais toma a tarefa de transmitir o conhecimento como responsabilidade pessoal”, explica Fabio. Mas será que pais sem qualificação pedagógica podem instruir os filhos? A educadora Neide Noffs, de São Paulo, acredita que há limites. “O processo de aprendizagem requer pessoas preparadas para isso”, diz ela. Às vezes, a família contrata preceptores para ensinar matérias específicas, como línguas, artes plásticas, matemática.
No ano passado, quando decidiram tirar a filha Isabella, 9 anos, da escola onde cursava o segundo ano do ensino fundamental, o casal Márcia e Clênio Schultz, de Parobé (RS), pediu orientação a uma professora. “Só que, com o passar dos meses, percebemos que não são necessários pais brilhantes para que os filhos aprendam. Basta direcioná-los. Quando eles sentem prazer nos estudos, o aprendizado flui”, conclui Márcia, que é secretária e estudou até o ensino médio. Ela e o marido se basearam no currículo da escola que a filha frequentava. Momentos de avaliação fazem parte da rotina de estudos. “Muitas famílias adotam provas ou trabalhos”, explica Fabio.


 http://claudia.abril.com.br/materia/nao-preciso-da-escola-para-educar-meus-filhos?p=%2Ffamilia-e-filhos%2Fcriancas-e-adolescentes&pw=2



    Bem amigos, após tantos materiais sobre o assunto em questão, acho que cada um é responsável pelos seus atos, mas ainda sou a favor da Educação na Escola, pois o ser humano necessita de socialização, e a escola  é um dos locais onde a socialização é colocada em prática.
  Na escola temos profissionais preparados e "estudados" para ensinar, disciplinas (matemática,português,história,etc..), mas  não é só isso,pois podemos aprender em casa, certo?
 Mas temos profissionais com uma visão ampla, que podem ajudar crianças,adolescentes, adultos, a encontrar um rumo  em sua vida.
Um professor (digo profissional dedicado e que ama o que faz), está sempre disposto a ajudar e ampliar horizontes de seus alunos, para um ótimo desenvolvimento.
 Darei um exemplo rápido, que aconteceu comigo.
 Tinha um aluno na 3ª série, que era terrível, era um aluno que foi expulso de vários colégios, era rejeitado por todos,ninguém queria ser sua professora. Pois bem ele foi meu aluno, me dediquei em descobrir o que gostava, o que não lhe agradava e ser sua amiga.Incentivava quando ele acertava, dava conselhos  quando errava e após 8 anos reencontrei  esse aluno que  todo orgulhoso e cheio de gratidão veio me dá a  notícia mais feliz, tinha passado entre os primeiros no vestibular  em uma faculdade prestigiada e  faria o curso de direito.



 Abraços a todos!!!!!!

 
©2011 Juliana Hellen Por Templates Sal da Terra