Amigos e seguidores do Blog EDUCAR É VIVER, logo que iniciam as aulas devemos fazer o teste de psicogênese( diagnóstico), para termos uma noção do conhecimento de nossos alunos.
Emília Ferreiro e Ana Teberoski na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança - ou seja, de que modo ela aprende, mesmo antes de entrarem na escola,descobriram que ela desenvolve tentativas de escrever, iniciando um processo de escrita informal como representação da fala.Dessa descoberta concluíram que a criança “constrói” o conhecimento, através de teorias explicáveis, surgindo daí o termo “construtivismo” que muitos equivocadamente chamam de método de alfabetização; Na verdade o “construtivismo” é o termo dado aos processos da construção da escrita e da leitura.
Na sua obra Psicogênese da Língua Escrita "a mudança da compreensão do processo pelo qual se aprende a ler e a escrever afetou todo o ensino da língua", produzindo "experimentação pedagógica suficiente para construir, a partir dela, uma didática" e não um método. Um dos maiores legados destas descobertas de Ferreiro e Teberoski é a psicogênese da escrita
em que a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é uma importante ferramenta para os professores alfabetizadores levar os alunos à aprender.
É preciso entender a psicogênese para usá-la em função, não somente, de conhecer como a criança está construindo o conhecimento e avançando para estágios mais avançados como sentir que a mediação do professor está favorecendo,realmente,o processo de alfabetização.
Inúmeras vezes os professores alfabetizadores,não percebendo os avanços de alguns alunos na alfabetização, chegam a pensar que há algum problema de aprendizagem com eles.
Quando o professor conhecendo e validando os testes da psicogênese ele percebe nitidamente o avanço maior ou menor de cada um, e a partir desse conhecimento vai fazer um trabalho que favoreça o avanço nas hipóteses. Essa é a grande importância da psicogênese para o aluno e para o professor.
Lembrando que a construção do conhecimento acontece com todos. E os testes devem se usados com os alunos da Educação Básica do Ensino Regular como na Educação Inclusiva, pois para quem ainda não experimentou vai ter a surpresa de ver que o ANEE também avança nas hipóteses, mesmo que em um ritmo bem mais lento, mas acontece. Ninguém fica congelado intelectualmente na aquisição de conhecimentos. Ninguém.
É importante usar a psicogênese no início do ano letivo e no final de cada bimestre, registrando todos os avanços, por menores que se apresentem para futuras comparações.
As hipóteses na construção da escrita são verdadeiras “teorias explicativas” e assim se estabelecem:
1-pré-silábica – é a construção dos que ainda não perceberam a escrita representando a fala Ela se caracteriza em dois níveis. No primeiro, as crianças procuram diferenciar o desenho da escrita, identificando o que é possível ler. Já no segundo nível,(este é um nível mais demorado, é bom saber) : percebem a necessidade de uma quantidade mínima de letras para que alguma coisa esteja escrita (em torno de três) .Para escrever, a criança utiliza letras aleatórias (geralmente presentes em seu próprio nome) e sem uma quantidade definida.
2-hipótese silábica – a criança começa à perceber que para cada parte falada ( sílaba oral) ele pode grafar uma letra. Essa etapa pode ser dividida em dois níveis: no primeiro, chamado silábico, ela representa cada sílaba por uma única letra qualquer, sem relação com os sons que ela representa. No segundo, o silábico com valor sonoro, há um avanço e cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o seu som correspondente. O avanço nesta hipótese é menos demorada.
3-hipótese silábico-alfabética - corresponde a um período de transição no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: a silábica e a alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. Quando a escrita representa cada fonema com uma letra, diz-se que a criança se encontra na hipótese alfabética. Nesse estágio, os alunos ainda apresentam erros ortográficos, mas já conseguem entender a lógica do funcionamento do sistema de escrita alfabético.
Como realizar um teste da psicogênese para se alcançar os seus objetivos?
-É recomendável que seja feito com cada aluno por vez, individualmente. Enquanto a turma se encontra envolvida com jogos recreativos o professor, em um outro ambiente tranquilo vai proceder o teste que deve constar de 4 (palavras) e uma frase.O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba – sem dar ênfase á separação de sílabas ao ditar. Lembrando que na frase use pelo menos uma das palavras usadas no ditado ( para a análise da forma como grafada mesmo se houver um contexto diferente). De acordo com as orientações de Emília Ferreiro, que as palavras sejam do mesmo campo semântico.
Sugestão para teste da Psicogênese
Acreditando nestes postulados das bases da construção do conhecimento elaborei uma atividade de estimulação e motivação que pudesse trazer de dentro da criança, do seu contexto de vida, de experiências vivenciadas realmente ou no imaginário, de conhecimentos prévios para o teste da hipóteses psicogenéticas.
Por ter um caráter de difícil sondagem( conhecimento significativo) , nesta atividade está contida uma provocação, através da apresentação de uma série de gravuras , escolhidas dentro dos critérios considerados ( conhecendo previamente a turma em seus aspectos sociais e culturais) prováveis e até os improváveis de estarem contidos nas experiências de vida dos alunos.
Fonte:http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com.br/2012/03/psicogenese-conhecer-teoria-para-usar.html
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Emília Ferreiro e Ana Teberoski na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança - ou seja, de que modo ela aprende, mesmo antes de entrarem na escola,descobriram que ela desenvolve tentativas de escrever, iniciando um processo de escrita informal como representação da fala.Dessa descoberta concluíram que a criança “constrói” o conhecimento, através de teorias explicáveis, surgindo daí o termo “construtivismo” que muitos equivocadamente chamam de método de alfabetização; Na verdade o “construtivismo” é o termo dado aos processos da construção da escrita e da leitura.
Na sua obra Psicogênese da Língua Escrita "a mudança da compreensão do processo pelo qual se aprende a ler e a escrever afetou todo o ensino da língua", produzindo "experimentação pedagógica suficiente para construir, a partir dela, uma didática" e não um método. Um dos maiores legados destas descobertas de Ferreiro e Teberoski é a psicogênese da escrita
em que a criança elabora hipóteses sobre o sistema de escrita. Descobrir em qual nível cada uma está é uma importante ferramenta para os professores alfabetizadores levar os alunos à aprender.
É preciso entender a psicogênese para usá-la em função, não somente, de conhecer como a criança está construindo o conhecimento e avançando para estágios mais avançados como sentir que a mediação do professor está favorecendo,realmente,o processo de alfabetização.
Inúmeras vezes os professores alfabetizadores,não percebendo os avanços de alguns alunos na alfabetização, chegam a pensar que há algum problema de aprendizagem com eles.
Quando o professor conhecendo e validando os testes da psicogênese ele percebe nitidamente o avanço maior ou menor de cada um, e a partir desse conhecimento vai fazer um trabalho que favoreça o avanço nas hipóteses. Essa é a grande importância da psicogênese para o aluno e para o professor.
Lembrando que a construção do conhecimento acontece com todos. E os testes devem se usados com os alunos da Educação Básica do Ensino Regular como na Educação Inclusiva, pois para quem ainda não experimentou vai ter a surpresa de ver que o ANEE também avança nas hipóteses, mesmo que em um ritmo bem mais lento, mas acontece. Ninguém fica congelado intelectualmente na aquisição de conhecimentos. Ninguém.
É importante usar a psicogênese no início do ano letivo e no final de cada bimestre, registrando todos os avanços, por menores que se apresentem para futuras comparações.
As hipóteses na construção da escrita são verdadeiras “teorias explicativas” e assim se estabelecem:
1-pré-silábica – é a construção dos que ainda não perceberam a escrita representando a fala Ela se caracteriza em dois níveis. No primeiro, as crianças procuram diferenciar o desenho da escrita, identificando o que é possível ler. Já no segundo nível,(este é um nível mais demorado, é bom saber) : percebem a necessidade de uma quantidade mínima de letras para que alguma coisa esteja escrita (em torno de três) .Para escrever, a criança utiliza letras aleatórias (geralmente presentes em seu próprio nome) e sem uma quantidade definida.
2-hipótese silábica – a criança começa à perceber que para cada parte falada ( sílaba oral) ele pode grafar uma letra. Essa etapa pode ser dividida em dois níveis: no primeiro, chamado silábico, ela representa cada sílaba por uma única letra qualquer, sem relação com os sons que ela representa. No segundo, o silábico com valor sonoro, há um avanço e cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o seu som correspondente. O avanço nesta hipótese é menos demorada.
3-hipótese silábico-alfabética - corresponde a um período de transição no qual a criança trabalha simultaneamente com duas hipóteses: a silábica e a alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. Quando a escrita representa cada fonema com uma letra, diz-se que a criança se encontra na hipótese alfabética. Nesse estágio, os alunos ainda apresentam erros ortográficos, mas já conseguem entender a lógica do funcionamento do sistema de escrita alfabético.
Como realizar um teste da psicogênese para se alcançar os seus objetivos?
-É recomendável que seja feito com cada aluno por vez, individualmente. Enquanto a turma se encontra envolvida com jogos recreativos o professor, em um outro ambiente tranquilo vai proceder o teste que deve constar de 4 (palavras) e uma frase.O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba – sem dar ênfase á separação de sílabas ao ditar. Lembrando que na frase use pelo menos uma das palavras usadas no ditado ( para a análise da forma como grafada mesmo se houver um contexto diferente). De acordo com as orientações de Emília Ferreiro, que as palavras sejam do mesmo campo semântico.
Sugestão para teste da Psicogênese
Com fundamento nas conclusões de Emília Ferreiro, na construção da escrita pela criança, fica claro que a criança constrói conhecimentos dentro do seu contexto de vida, em outras palavras, através de experiências vivenciadas e de de alguma forma significativas. Resumindo, toda aprendizagem acontece em um contexto significativo, então o teste deve ser feito através de estímulos que tenham significados para a criança. Realizar o teste sem significação para a criança não se chega à conclusões reais.
“Os aspectos motores, cognitivos e afetivos são importantes, na medida que tratados no contexto da realidade sócio-cultural dos alunos. “Hoje a perspectiva construtivista considera a interação de todos eles, numa visão política, integral, para explicar a aprendizagem” diz Ferreiro.Acreditando nestes postulados das bases da construção do conhecimento elaborei uma atividade de estimulação e motivação que pudesse trazer de dentro da criança, do seu contexto de vida, de experiências vivenciadas realmente ou no imaginário, de conhecimentos prévios para o teste da hipóteses psicogenéticas.
Por ter um caráter de difícil sondagem( conhecimento significativo) , nesta atividade está contida uma provocação, através da apresentação de uma série de gravuras , escolhidas dentro dos critérios considerados ( conhecendo previamente a turma em seus aspectos sociais e culturais) prováveis e até os improváveis de estarem contidos nas experiências de vida dos alunos.
Fonte:http://impactodapedagogiamoderna.blogspot.com.br/2012/03/psicogenese-conhecer-teoria-para-usar.html
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